Apesar da proibição oficial de fogo pelo governo federal, o número de incêndios caiu em agosto 18% superior ao ano passado.
MANAUS, Brasil — De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 33.116 incêndios foram registrados na Amazônia em agosto. Apesar de um decreto do governo Atualmente com a proibição de queimadas na Amazônia, a floresta está sendo queimada no nível mais alto em 12 anos, mostrando que a medida de proteção florestal tem sido ineficaz. Os incêndios não só ameaçam a biodiversidade da Amazônia, como também enchem de fumaça as cidades da região, colocando em risco a saúde da população local.
"Acompanho esses incêndios há mais de 10 anos e nunca vi uma destruição tão grande com tanta fumaça", disse Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil 11.000 campos de futebol. Esta é a maior área desmatada no ano passado.”
De janeiro a agosto deste ano, houve um aumento de 16,7% nos focos de incêndio na Amazônia em relação a 2021 – a maior taxa desde 2019. De todos esses incêndios, 43% foram identificados em apenas 10 comunidades, cinco delas na Amazônia região sul da Amazônia conhecida como AMACRO, onde o agronegócio está abrindo uma nova e acelerada frente de desmatamento. 13,8% dos incêndios foram registrados em áreas protegidas, 5,9% em terras indígenas e 25% em terras públicas, indicando avanços na grilagem de terras na região.
“Ao invés de focar em parar a destruição da Amazônia para proteger as pessoas e o clima e combater os crimes ambientais, o governo brasileiro e o Congresso continuam pressionando por mais projetos de lei que irão acelerar ainda mais o desmatamento e outra invasão de terras públicas e permitir a violência no campo. O Brasil não precisa de mais destruição da Amazônia, nosso país precisa de políticas que promovam um progresso real no combate ao desmatamento, às queimadas e à grilagem de terras e protejam a vida dos povos indígenas e comunidades tradicionais”, disse Rômulo Batista.
FIM
Aqueles
Fotos: Greenpeace